Flavonóides e o processo inflamatório

Os flavonoides representam um dos grupos fenólicos mais importantes e diversificados entre os produtos de origem natural, sendo amplamente distribuídos no reino vegetal. A sua grande diversidade estrutural pode ser atribuída ao nível de oxidação e às variações no esqueleto carbônico básico, promovidas por reações de alquilação, glicosilação ou oligomerização.  As modificações no anel central dessas substâncias levam à diferenciação em subclasses distintas, tais como: chalconas, flavanonas, flavanonóis, flavonas, flavonóis e isoflavonas.



Diversas atividades biológicas são atribuídas a eles, como por exemplo atividade antitumoral, antioxidante, antiviral e anti-inflamatória, o que lhe confere significativa importância na farmacologia. Quanto a sua ação anti-inflamatória esses compostos atuam modulando células envolvidas com a inflamação (por exemplo, inibindo a proliferação de linfócitos T), inibindo a produção de citocinas pró- inflamatórias (por exemplo, TNF- e IL-1), modulando a atividade das enzimas da via do ácido araquidônico, tais como fosfolipase A2, ciclo-oxigenase e lipooxigenase, além de modularem a enzima formadora de óxido nítrico, a óxido nítrico sintase induzida (iNOS).Quercetina e kaempferol são flavonóis amplamente distribuídos pelo reino vegetal e, nesse contexto, apresentam ação anti-inflamatória, que pode ser atribuída à inibição das enzimas fosfolipase A2 (PLA2),8 lipo-oxigenase, ciclo-oxigenase e inibição da produção de óxido nítrico, através da modulação da enzima iNOS.

Referência:
Coutinho, Marcela A. S.; Muzitano, Michele F.; Costa, Sônia S.  Flavonoides: Potenciais Agentes Terapêuticos para o Processo Inflamatório. Revista virtual de química. Rio de Janeiro. V. 1, n. 3, 2009. Disponível em <http://rvq-sub.sbq.org.br/index.php/rvq/article/view/51/98>. Acesso em 13 jan. 2018.


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